terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AS MÃOS QUE ALIMENTARAM A GUERRA


Bom... depois de uma breve pausa para a reestruturação do Blog “História por Imagem”, retornamos para mais uma postagem.
A imagem submetida para análise desta semana vem da Inglaterra, mais especificamente da cidade de Londres aonde encontra-se exposta no Museu Imperial da Guerra. Não é preciso muito esforço para encontrar esta fotografia nos livros didáticos da disciplina de História, quando o assunto a se tratar é a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Tirada em 1916, ou seja, com o conflito em curso, a foto acima nos fornece subsídios perfeitos para bem entendermos a realidade vivenciada pelos ingleses fora dos campos de batalha.
A cena retratada refere ao interior de uma indústria bélica inglesa, e de imediato dar-nos uma dimensão da potencialidade armamentista disponível à força militar da Inglaterra. Os incontáveis números de projéteis fabricados que aparecem na cena alimentariam à luz daquele período, poderosos equipamentos de guerra até então nunca utilizados em conflitos armados, como por exemplo: tanques, aviões, submarinos, etc.  

Empenhado nos campos de batalha, o exército inglês compunha a Tríplice Entende, aliança militar composta por Inglaterra, França e Rússia e na medida em que o conflito se prolongava, tornava-se necessário cada vez mais a convocação de novos soldados. Esta necessidade acabou alterando de forma curiosa o cenário industrial bélico da Inglaterra. Com a economia voltada para aumentar a produção de artigos de guerra (armas, munições, veículos de grande porte, etc) e com a grande quantidade de homens que participavam dos combates, um considerável número de mulheres e até mesmo de crianças ingressaram no mercado de trabalho industrial, sobretudo o armamentista. Fato este, bem ilustrado na foto proposta e num cartaz inglês da época:


A vida deles depende dela.
Mulheres para a indústria de munição.
Alistem-se já. (tradução)
 A fotografia inicial submetida aos olhares contemporâneos revela-nos uma triste cena aonde crianças que antes manuseavam livros e brinquedos e mulheres que até então culturalmente falando, cuidavam dos afazeres domésticos e da família passam a produzir objetos de destruição que alimentariam a guerra, sem ao menos se ter a real noção do poder assassino desses projéteis. Tempos depois, isto até lhes fora revelado quando apurou-se o número de mortos e feridos que juntos somavam algo superior a 30 milhões de pessoas, sem contar a devastação apresentada nas estruturas urbanas e rurais. Tarde demais!

Sendo assim, agradeço vossa atenção e conto com a vossa participação!
Saudações históricas!


Um comentário:

  1. Não posso negar que esse foi um dos melhores assuntos que ja estudei e me interessei! Fiquei impressionada com tudo o que aconteceu, inclusive as grandes participações das mulheres! Amei o assunto e vou leva-lo pelo resto da minha vida! SHEU-9º ANO II.

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